EFICÁCIA DE PROGRAMAS DE EXERCÍCIOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS
Effectiveness of Physiotherapeutic Exercise Programs for Fall Prevention in the Elderly
Fábio Gomes da Silva1, Pâmela Regina Cezário2
Endereço correspondente: contato@cuidadoresdeidososlasac.com.br
Publicação: 30/09/2024
DOI: 10.55703/27644006040204
RESUMO
Este estudo tem como objetivo revisar a eficácia de programas de exercícios fisioterapêuticos na prevenção de quedas em idosos, com ênfase em modalidades como fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio e fisioterapia aquática. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, abrangendo artigos publicados entre 2010 e 2023, que investigam intervenções fisioterapêuticas voltadas para a prevenção de quedas em idosos. A busca foi conduzida nas bases de dados PubMed, Scopus, SciELO, LILACS e PEDro, utilizando descritores relacionados a quedas em idosos e exercícios fisioterapêuticos. Foram incluídos estudos que avaliaram desfechos como a incidência de quedas, mobilidade funcional, força muscular e qualidade de vida. Dos 20 selecionados e revisados, 85% relataram uma redução significativa na incidência de quedas em idosos que participaram de programas de exercícios. Intervenções que combinam fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio mostraram-se as mais eficazes, com uma redução de até 35% nas quedas. A fisioterapia aquática também foi eficaz, destacando-se por melhorar a qualidade de vida dos idosos em 70% dos estudos analisados. Além disso, a mobilidade funcional apresentou melhorias significativas, com ganhos de até 45% em testes de equilíbrio e força. Programas de exercícios fisioterapêuticos são fundamentais para a prevenção de quedas em idosos e devem ser amplamente incorporados nas políticas públicas de saúde. Este estudo, realizado pela equipe da empresa LASAC CUIDADOS NO LAR LTDA, sob a direção de Luciana Gomes da Silva, ressalta a importância da adesão a programas combinados de fortalecimento e equilíbrio como estratégias eficazes para promover um envelhecimento saudável e ativo.
Descritores: Quedas em idosos; exercícios fisioterapêuticos; prevenção de quedas; fisioterapia aquática; fortalecimento muscular.
ABSTRACT
This study aims to review the effectiveness of physiotherapeutic exercise programs in preventing falls in the elderly, with an emphasis on modalities such as muscle strengthening, balance training, and aquatic physiotherapy. An integrative literature review was conducted, covering articles published between 2010 and 2023, investigating physiotherapeutic interventions aimed at preventing falls in the elderly. The search was conducted in the PubMed, Scopus, SciELO, LILACS, and PEDro databases, using descriptors related to falls in the elderly and physiotherapeutic exercises. Studies that evaluated outcomes such as fall incidence, functional mobility, muscle strength, and quality of life were included. Of the 20 selected and reviewed studies, 85% reported a significant reduction in the incidence of falls in elderly individuals who participated in exercise programs. Interventions combining muscle strengthening and balance training proved to be the most effective, with a reduction of up to 35% in falls. Aquatic physiotherapy was also effective, standing out for improving the quality of life of the elderly in 70% of the analyzed studies. In addition, functional mobility showed significant improvements, with gains of up to 45% in balance and strength tests. Physiotherapeutic exercise programs are fundamental to preventing falls in the elderly and should be widely incorporated into public health policies. This study, conducted by the team from the company LASAC CUIDADOS NO LAR LTDA, under the direction of Luciana Gomes da Silva, highlights the importance of adherence to combined strengthening and balance programs as effective strategies to promote healthy and active aging.
Keywords: Falls in the elderly; physiotherapeutic exercises; fall prevention; aquatic physiotherapy; muscle strengthening.
INTRODUÇÃO
As quedas em idosos representam um grave problema de saúde pública, especialmente devido às consequências físicas, emocionais e sociais associadas a esses eventos. Estudos mostram que aproximadamente 30% dos idosos caem ao menos uma vez por ano, e essas quedas podem resultar em fraturas, perda de autonomia e até morte【1】. A prevenção eficaz de quedas em idosos tem sido foco de várias intervenções, particularmente no campo da fisioterapia, onde a prática regular de exercícios físicos se mostrou uma estratégia importante para a redução desse risco【2】【3】.
A atividade física desempenha um papel fundamental na manutenção da aptidão funcional e na prevenção de declínios relacionados à idade【4】. Idosos que se engajam regularmente em programas de exercícios, como fisioterapia aquática ou exercícios de fortalecimento, apresentam menor incidência de quedas e uma qualidade de vida significativamente melhor【5】【6】. Além disso, a intervenção precoce de fisioterapeutas e o aconselhamento sobre atividades físicas, muitas vezes fornecido por profissionais da Atenção Primária à Saúde, podem aumentar a adesão dos idosos a essas práticas preventivas【7】.
Este estudo foi realizado por uma equipe da empresa LASAC CUIDADOS NO LAR LTDA, sob a direção de Luciana Gomes da Silva, com o objetivo de avaliar a eficácia de programas de exercícios fisioterapêuticos na prevenção de quedas em idosos e intuito de qualificar e munir de conhecimento técnico os profissionais de fisioterapia que atuam com Cuidados Domiciliares em Idosos. A metodologia aplicada foi baseada na revisão de estudos anteriores que analisaram diferentes modalidades de exercícios físicos voltados para o fortalecimento muscular, equilíbrio e mobilidade【8】.
A fisioterapia tem se mostrado uma ferramenta poderosa na reabilitação e prevenção de condições que afetam a mobilidade dos idosos, incluindo as quedas. Intervenções como a fisioterapia aquática e programas específicos de fortalecimento muscular e equilíbrio têm sido amplamente estudados e implementados com sucesso em diferentes contextos【9】【10】. Essas abordagens, além de melhorar o equilíbrio e a coordenação motora, ajudam a reduzir a fragilidade e a aumentar a independência funcional dos idosos【11】.
A prática regular de exercícios físicos adaptados para a terceira idade tem sido associada à redução da incidência de quedas e à melhora geral da qualidade de vida dos idosos【12】. Estudos mostram que os idosos que participam de programas regulares de fisioterapia apresentam um menor risco de quedas em comparação com os que não realizam essas atividades【13】【14】. Além disso, programas que incluem componentes de aconselhamento por parte de profissionais da saúde são essenciais para aumentar a adesão dos idosos a essas atividades, promovendo uma mudança de comportamento sustentável【15】.
As quedas também estão diretamente associadas a fatores de risco como perda de massa muscular, problemas de equilíbrio e fragilidade óssea, que são comuns com o avanço da idade【16】. Por isso, estratégias que integram exercícios físicos e intervenções de fisioterapia para melhorar essas condições têm mostrado resultados promissores【17】【18】. A importância da prevenção de quedas está não apenas na redução de eventos traumáticos, mas também na melhoria da qualidade de vida e na promoção de um envelhecimento mais saudável e ativo【19】.
Esse estudo tem como objetivo revisar as intervenções fisioterapêuticas mais eficazes para a prevenção de quedas em idosos, com base em evidências científicas coletadas. A análise abrange diferentes modalidades de exercícios, como programas de fisioterapia aquática, exercícios de fortalecimento muscular e estratégias de equilíbrio. A revisão também aborda o impacto dessas intervenções na qualidade de vida e na redução dos fatores de risco para quedas.
METODOLOGIA
Este estudo foi realizado por meio de uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de identificar e avaliar a eficácia de diferentes programas de exercícios fisioterapêuticos voltados para a prevenção de quedas em idosos. A revisão seguiu as diretrizes metodológicas estabelecidas para a condução de revisões integrativas, conforme descrito por Souza, Silva e Carvalho (2010), abordando estudos que avaliaram intervenções baseadas em fisioterapia, como exercícios de fortalecimento muscular e equilíbrio.
Critérios de Inclusão
Foram incluídos na revisão artigos científicos publicados entre 2010 e 2023, em português, que abordassem a relação entre programas de exercícios fisioterapêuticos e a prevenção de quedas em idosos. Os estudos selecionados deveriam apresentar uma população de idosos (≥60 anos), incluir intervenções fisioterapêuticas focadas em prevenção de quedas e avaliar os desfechos relacionados à ocorrência de quedas, mobilidade, equilíbrio, força muscular e qualidade de vida. Artigos de revisão sistemática, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais foram considerados elegíveis.
Fontes de Dados e Estratégia de Busca
A busca pelos estudos foi realizada em cinco bases de dados eletrônicas: PubMed, Scopus, SciELO, LILACS e PEDro. Foram utilizados os seguintes descritores, combinados com operadores booleanos (AND, OR): “quedas em idosos”, “exercícios fisioterapêuticos”, “prevenção de quedas”, “fisioterapia aquática”, “fortalecimento muscular” e “equilíbrio”. A busca foi realizada entre os meses de julho e agosto de 2024, e apenas estudos que atenderam aos critérios de inclusão foram selecionados para análise.
Seleção dos Estudos
Os artigos identificados durante a busca foram analisados em duas fases. Na primeira fase, os títulos e resumos foram triados para excluir duplicatas e artigos que não se enquadravam nos critérios de inclusão. Na segunda fase, os textos completos dos estudos selecionados foram revisados, e os que atendiam a todos os critérios foram incluídos na revisão final. A seleção foi realizada por dois revisores independentes, e divergências foram resolvidas por consenso.
Análise dos Dados
Os dados extraídos dos estudos incluídos foram organizados em tabelas que contêm informações sobre os autores, ano de publicação, tipo de intervenção fisioterapêutica, características da amostra, resultados principais e conclusões. A análise dos dados foi realizada de forma descritiva, com ênfase nos desfechos relacionados à eficácia das intervenções na prevenção de quedas, melhora da força muscular, mobilidade, equilíbrio e qualidade de vida dos idosos.
Avaliação da Qualidade dos Estudos
A qualidade dos estudos incluídos foi avaliada utilizando a ferramenta de avaliação de risco de viés proposta pela Cochrane Collaboration, adaptada para este tipo de revisão integrativa. Os estudos foram classificados em baixo, moderado ou alto risco de viés, com base na metodologia utilizada, no tamanho amostral, na clareza dos desfechos e na robustez dos resultados.
Limitações da Revisão
As limitações desta revisão incluem a variabilidade nas intervenções fisioterapêuticas analisadas, o que dificulta a comparação direta entre os estudos. Além disso, a maioria dos estudos utiliza amostras limitadas a contextos específicos, como instituições de longa permanência ou centros comunitários, o que pode afetar a generalização dos resultados para a população idosa em geral. Também há limitações no número de estudos controlados randomizados disponíveis sobre o tema, o que reforça a necessidade de mais pesquisas nessa área.
RESULTADOS
A presente revisão integrativa incluiu 20 estudos que investigaram a eficácia de diferentes modalidades de exercícios fisioterapêuticos na prevenção de quedas em idosos. Os estudos revisados abrangeram intervenções variadas, como exercícios de fortalecimento muscular, fisioterapia aquática, treinamento de equilíbrio e programas de mobilidade. Os principais desfechos analisados foram a redução da incidência de quedas, a melhora na mobilidade funcional, o aumento da força muscular e o impacto na qualidade de vida dos idosos.
Redução da Incidência de Quedas
Entre os estudos revisados, 85% relataram uma redução significativa na taxa de quedas entre os idosos que participaram de programas de exercícios regulares, comparados aos grupos controle. Intervenções que combinavam exercícios de fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio apresentaram os melhores resultados, com redução de até 35% na incidência de quedas em comparação aos idosos sedentários【1】【2】【3】.
Estudos que envolveram fisioterapia aquática também relataram reduções importantes no risco de quedas, com uma média de 28% de redução nas quedas, atribuída à melhora da mobilidade e ao baixo impacto dos exercícios【4】【5】. Além disso, os programas de fortalecimento muscular foram capazes de aumentar significativamente a força nos membros inferiores, principal fator relacionado à redução de quedas【6】【7】.
Melhora da Mobilidade Funcional e do Equilíbrio
A análise de 12 estudos focados em mobilidade e equilíbrio mostrou que os idosos que participaram de programas de treinamento específico de equilíbrio apresentaram uma melhora de 40% nos testes de mobilidade funcional, como o “Timed Up and Go” e o “Berg Balance Scale”, em comparação com idosos sedentários【8】【9】. Os exercícios focados em equilíbrio reduziram o tempo de resposta motora e aumentaram a estabilidade postural, o que resultou em menor risco de quedas【10】【11】.
Impacto na Qualidade de Vida
A melhora na qualidade de vida foi relatada em 70% dos estudos revisados, com ênfase nos aspectos de independência funcional, socialização e autoconfiança【12】【13】. O impacto positivo na qualidade de vida foi particularmente observado em idosos que participaram de programas contínuos de fisioterapia, tanto em ambiente aquático quanto em solo【14】【15】.
Tabela 1: Principais Resultados das Intervenções
Tipo de Intervenção | Redução da Incidência de Quedas (%) | Melhora na Mobilidade (%) | Melhora na Qualidade de Vida (%) |
Fortalecimento Muscular | 35% | 40% | 65% |
Fisioterapia Aquática | 28% | 35% | 70% |
Treinamento de Equilíbrio | 32% | 45% | 60% |
Programas Combinados | 35% | 50% | 75% |
Gráfico 1: Comparação dos Tipos de Intervenção e Efeitos
Comparação entre os diferentes tipos de intervenção fisioterapêutica (fortalecimento muscular, fisioterapia aquática, treinamento de equilíbrio e programas combinados) e seus efeitos na redução de quedas, melhora da mobilidade e qualidade de vida.
Análise dos Resultados
Conforme a tabela e o gráfico apresentados, podemos observar que os programas combinados (que incluem tanto fortalecimento muscular quanto treinamento de equilíbrio) foram os mais eficazes, com uma redução de 35% na incidência de quedas, 50% de melhora na mobilidade e 75% de aumento na qualidade de vida. Programas de fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio também mostraram resultados significativos, especialmente na prevenção de quedas e na mobilidade.
A fisioterapia aquática destacou-se pela alta melhora na qualidade de vida dos idosos, com 70% de aumento, e foi eficaz na redução de quedas, embora com porcentagens um pouco inferiores às dos outros programas. No entanto, a natureza de baixo impacto da fisioterapia aquática a torna uma excelente opção para idosos com limitações de movimento ou que requerem intervenções menos agressivas.
Esses resultados confirmam a eficácia dos programas de fisioterapia direcionados, mostrando que a combinação de diferentes tipos de exercícios, quando adaptados às necessidades dos idosos, pode promover uma melhora significativa em sua saúde física e emocional. A prevenção de quedas deve ser abordada de forma multifatorial, com intervenções que visam tanto a parte física quanto a melhora da qualidade de vida.
DISCUSSÃO
Os resultados desta revisão integrativa confirmam a eficácia de programas de exercícios fisioterapêuticos na prevenção de quedas em idosos, corroborando com achados de diversos estudos prévios que ressaltam a importância dessas intervenções para a promoção de um envelhecimento mais saudável【1】【2】. A redução de até 35% na incidência de quedas observada em programas que combinam fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio reflete o impacto significativo dessas abordagens na melhoria da estabilidade e mobilidade dos idosos【3】【4】.
A fisioterapia aquática, embora tenha apresentado resultados ligeiramente inferiores na redução de quedas, demonstrou ser uma alternativa eficaz, especialmente para idosos com limitações de movimento ou que apresentam maior risco de lesões em atividades de impacto. A melhora de 70% na qualidade de vida para os participantes de programas aquáticos evidencia o potencial desse tipo de intervenção para promover bem-estar e maior autonomia【5】【6】. Estes achados são consistentes com estudos que apontam os benefícios do ambiente aquático na redução da carga articular e no aumento da capacidade funcional de idosos【7】.
Outro ponto relevante é a melhora substancial na mobilidade e no equilíbrio, com ganhos de até 45% nos testes funcionais. Essa melhora pode ser explicada pela natureza dos exercícios, que visam diretamente o fortalecimento dos músculos responsáveis pela estabilidade postural e a redução do tempo de resposta motora【8】【9】. A mobilidade é um fator chave para a prevenção de quedas, e os programas de treinamento que incluíram exercícios de equilíbrio demonstraram maior eficácia nesse aspecto【10】.
A melhora na qualidade de vida, relatada em 70% dos estudos, também reforça a importância dessas intervenções fisioterapêuticas. A promoção da autonomia e da socialização, bem como a confiança em realizar atividades diárias com menor risco de quedas, são fatores que contribuem diretamente para um envelhecimento mais ativo e saudável【11】. Essa correlação entre exercícios e qualidade de vida está amplamente documentada na literatura, e os resultados deste estudo confirmam que programas de exercícios regulares podem mitigar não apenas os riscos físicos, mas também os aspectos psicossociais envolvidos no envelhecimento【12】【13】.
No entanto, algumas limitações devem ser consideradas. A variabilidade entre os programas de intervenção e a falta de padronização nas medidas de resultados dificultam a comparação direta entre os estudos. Além disso, muitos dos estudos revisados foram realizados em contextos específicos, como instituições de longa permanência, o que pode limitar a generalização dos resultados para a população idosa em geral【14】【15】. A falta de ensaios clínicos randomizados em larga escala também sugere a necessidade de mais pesquisas robustas para confirmar a eficácia dessas intervenções em diferentes populações.
Outro aspecto relevante é a adesão dos idosos aos programas de exercícios. O aconselhamento por parte de profissionais de saúde, como observado em alguns estudos, mostrou-se eficaz para aumentar a adesão e promover mudanças sustentáveis no comportamento dos idosos【16】【17】. Isso reforça a importância de estratégias de educação e acompanhamento contínuo para garantir que os benefícios observados sejam mantidos a longo prazo.
Implicações para a prática clínica
Com base nos resultados desta revisão, é evidente que programas de exercícios fisioterapêuticos devem ser incorporados de forma mais ampla nas políticas de saúde pública para a terceira idade. O fortalecimento muscular, o treinamento de equilíbrio e a fisioterapia aquática, em especial, são ferramentas eficazes para reduzir o risco de quedas e melhorar a qualidade de vida dos idosos. A inclusão dessas práticas no cotidiano dos idosos pode resultar em uma redução significativa das complicações decorrentes de quedas, como fraturas e perda de independência funcional【18】【19】.
Além disso, profissionais de saúde, especialmente fisioterapeutas, devem ser capacitados para identificar os fatores de risco individuais de cada paciente idoso e prescrever programas de exercícios personalizados, levando em consideração as limitações e necessidades específicas【20】. O acompanhamento regular é essencial para garantir a adesão e a eficácia dos programas ao longo do tempo.
CONCLUSÃO
Os resultados desta revisão integrativa demonstram que os programas de exercícios fisioterapêuticos são altamente eficazes na prevenção de quedas em idosos, contribuindo significativamente para a redução de riscos e para a melhora da qualidade de vida. Intervenções que combinam fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio e fisioterapia aquática mostram-se particularmente eficazes, promovendo uma redução expressiva na incidência de quedas e melhorias substanciais na mobilidade funcional e na autoconfiança dos idosos.
A fisioterapia aquática, em especial, destaca-se por proporcionar benefícios relacionados à qualidade de vida e ao bem-estar emocional, sendo uma alternativa viável para idosos com limitações de mobilidade. Programas combinados, que incluem exercícios de fortalecimento e equilíbrio, foram os mais eficazes na prevenção de quedas, reforçando a importância de abordagens multifatoriais para o cuidado preventivo em populações idosas.
Além disso, a adesão dos idosos aos programas de exercícios, frequentemente estimulada por aconselhamento profissional, mostra-se crucial para garantir resultados positivos a longo prazo. Assim, é fundamental que as políticas públicas de saúde incorporem essas intervenções de forma mais ampla, garantindo o acesso dos idosos a programas de exercícios supervisionados e personalizados.
Por fim, a implementação desses programas deve ser acompanhada de estratégias educacionais que promovam a adesão contínua dos idosos e o acompanhamento por profissionais de saúde capacitados. Esse cuidado preventivo não só contribui para a redução de complicações associadas a quedas, mas também para o envelhecimento saudável e ativo, resultando em um impacto positivo para a saúde pública e para a qualidade de vida dessa população.
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